Inovação: com pessoas para pessoas

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Processos de inovação são feitos com pessoas e para pessoas, simples assim… “Com” porque são ações fundamentalmente colaborativas; “para” porque todo produto, processo ou serviço inovador tem por foco necessidades e desafios concretos da vida humana. O que parece óbvio, muitas vezes, pode se perder em meio ao deslumbramento provocado pelas novas possibilidades tecnológicas e pelas pressões de mercado. 

Os desafios não são poucos. De um lado, identificar as necessidades e desenvolver soluções com empatia; de outro, garantir espaço para uma agenda de inovação nas organizações em meio às demandas do dia-a-dia, promovendo a confiança criativa dos colaboradores e colaboradoras com segurança e disciplina para arriscar o novo, errar, aprender e, finalmente, inovar.

Para que tudo isso aconteça é preciso atrair e reter talentos, repete-se em forma de mantra. Mas é isso mesmo? O que está em jogo, de fato, não é a nossa capacidade de desenvolver pessoas e cuidar do bem-estar de todos? Ou a promoção da diversidade de olhares, a energia daquela fricção criativa que é centelha da inovação? 

Inovar é uma questão ética. Inova-se por quê, para quem e como? Em sua raiz etimológica, inovar é abrir novos caminhos – do grego, kainotomia. Não deixa de ser curioso que ao longo da história os inovadores e inovadoras foram vistos ora como heróis ora como detratores do status quo, criminosos mesmo – qualquer semelhança com o contexto organizacional é mera coincidência.

Qual é o propósito e o legado de nossas inovações? Seria possível falar de “sustainability by design” ou promover de maneira radical o conceito de design centrado no ser humano (human centered design), consideradas as dimensões fundamentais do bem-estar humano em sociedade?

Os caminhos da inovação são incertos, mas os sentidos da inovação precisam ser explícitos: com pessoas para pessoas, simples assim…

Por Fabio Josgrilberg, Artur Tacla, Krissya Tigani, Luciana Hashiba e Thaís Loureiro.